FLORESTA AMAZÔNICA JÁ FOI LAR DE MILHÕES DE PESSOAS, AFIRMA NOVO ESTUDO

COMO AS AVES CONSEGUEM SENTIR O CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA? CIENTISTAS AGORA PODEM TER A RESPOSTA

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É provável que as aves conheçam a física quântica melhor do que muitos humanos, por ser algo que lhes é inato. As aves podem sentir o campo magnético da Terra, e essa habilidade pode ajudá-las a voar a partir de lugares desconhecidos ou navegar em migrações que se estendem por dezenas de milhares de quilômetros.

Cientistas acreditam que as aves possuam proteínas nos seus olhos que lhes permitam ver o campo magnético da Terra. Por sua vez, essas proteínas ajudam as aves a percorrer longas distâncias em todo o mundo.

Duas equipes de cientistas afirmam, agora, ter identificado a chave de uma proteína sensível à luz, que se baseia num atributo inato de elétrons chamado “spin”, uma das propriedades mecânicas mais quânticas que existe. A proteína chama-se Cry4.

Na mecânica quântica, o termo spin associa-se às possíveis orientações que as partículas subatômicas carregadas, como o próton e o elétron, e alguns núcleos atômicos podem apresentar quando imersas num campo magnético.

No caso da Terra, esta funciona como um ímã, no qual os polos do ímã estão próximos dos polos geográficos do planeta. A intensidade do campo magnético é medida com magnetômetros, que determinam a intensidade do campo na horizontal e na vertical. As bússolas, tal como os pássaros, orientam-se por meio desse campo magnético.

Os dois estudos, o primeiro publicado em janeiro na Current Biology, e o segundo publicado em março no Jornal da Royal Society Interface, notam que esta é a primeira vez que uma proteína específica responsável pela detecção de campos magnéticos é identificada em animais.

Segundo o Science News, a primeira equipe de cientistas descobriu que a proteína Cry4 foi encontrada na retina das aves. Já a segunda equipe estudou várias proteínas sensíveis à luz numa espécie de ave e descobriu que a Cry4 era produzida constantemente durante o dia, ao contrário de outras que variavam ao longo do dia.

A investigação permitiu saber que as aves só podem detectar campos magnéticos se certos comprimentos de onda de luz estiverem disponíveis. Aliás, há estudos que mostram que a percepção magnética das aves parece depender da luz.

No entanto, em ambos os casos os investigadores advertem para a necessidade de mais investigação neste ramo, antes de declarar a Cry4 como magnetorreceptor. Embora a evidência seja sólida, ainda não é definitiva.

Os dois estudos podem ser acessados neste link e também neste link.

Meio Info / Zap / Science News

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