O desgaste dos produtos industrializados é normal com o tempo, mas atualmente os eletrodomésticos são piores e duram menos do que os fabricados há 50 anos, por exemplo.
É natural que determinados produtos sofram desgastes e se tornem obsoletos com o passar do tempo. O que não é normal é o próprio fabricante programar quando determinado objeto vai deixar de ser útil e parar de funcionar.
Isso obriga o consumidor a gastar na compra de um substituto, que se tornará descartável também em pouco tempo. Isso aumenta as vendas da indústria.
Mesmo com o avanço tecnológico, que resultou na criação de uma diversidade de materiais disponíveis para produção e consumo, hoje os eletrodomésticos duram muito menos do que os similares de 50 anos atrás. Os produtos são fáceis de vender, mas foram desenhados para acabar logo.
O consumidor sofre para dar a eles uma destinação final adequada e ainda se vê obrigado a comprar outro. É o que os técnicos chamam de “obsolescência programada”.
A lâmpada, por exemplo, costumava durar muito mais do que hoje. E ela se torna descartável, porque atualmente é feita para ter apenas mil horas de funcionamento, exatamente para que indústria possa vender mais.
Na área tecnológica, é a mesma coisa. Geralmente durante o período de garantia, computadores, aparelhos de som e telefones celulares funcionam normalmente. Após o fim do prazo, passam a apresentar defeitos, como superaquecimento, problemas mecânicos, esgotamento rápido de bateria, etc.
Na quase totalidade dos casos, o preço do conserto é tão alto que não vale a pena, e os consumidores são levados a adquirir um produto novo. Que também será rapidamente descartável.
O truque
A indústria trabalha para aumentar o consumo, com a oferta de produtos de qualidade inferior e menor durabilidade.
Assista a um vídeo incrível de Charlie Chaplin que já na sua época falava (de forma cômica) de ‘obsolescência programada’:
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