O hidrogênio foi prometido como remédio para o vício mundial em combustíveis fósseis. Mas o combustível não é barato ou fácil de fazer – pelo menos não é barato o suficiente para torná-lo um substituto econômico para os combustíveis tradicionais de petróleo e gás.
Além de serem relativamente caros, os métodos atuais de produção de hidrogênio consomem muita energia e geram subprodutos indesejados. Entretanto, tecnologias mais limpas e eficientes de produção de hidrogênio podem ajudar a tornar a economia desse combustível uma realidade.
Caminho Alternativo
Ao empacotar as algas fotossintéticas em gotículas de água açucaradas, os cientistas estão construindo mini fábricas biológicas que produzem hidrogênio que poderia ser usado como fonte de energia limpa.
Normalmente, a fotossíntese converte o dióxido de carbono em oxigênio. Mas, os cientistas por trás da pesquisa, da Universidade de Bristol e do Harbin Institute of Technology na China, descobriram que algas comprimidas dentro de uma gota d’água produzem hidrogênio. Isso porque não há átomos de oxigênio suficientes para que ocorram as reações típicas de fotossíntese, o que significa que as enzimas produtoras de hidrogênio assumem o controle.
Os cientistas também conseguiram revestir suas fábricas biológicas com bactérias consumidoras de oxigênio, fazendo com que mais algas produzissem hidrogênio de forma confiável.
Células de Combustível
As fábricas minúsculas são muito pequenas para abastecer nossas casas ou carros (por enquanto) e também não vão acabar com nossa crise energética ou interromper as emissões de gases de efeito estufa. Mas, os cientistas esperam que a ideia funcione em escalas maiores, potencialmente reduzindo o custo das células a combustível, tornando a economia do hidrogênio uma realidade.
O uso de gotículas simples como vetores para controlar a organização de células de algas e a fotossíntese em microespaços sintéticos oferece uma abordagem potencialmente benigna do ponto de vista ambiental para a produção de hidrogênio que esperamos desenvolver em trabalhos futuros”, disse Stephen Mann, biólogo e coautor da pesquisa.
A pesquisa completa pode ser acessada neste link.
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