Para defender a sustentabilidade da agropecuária brasileira, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, apresentará aos europeus estatísticas da NASA, agência especial norte-americana, que mostram que o Brasil utiliza apenas 7,6% de seu território com lavouras, somando 63.994.479 hectares.
O ministro foi convidado para discursar na abertura do painel “Moldar o Futuro da produção animal de forma sustentável, responsável e produtiva”, no Fórum Global para Alimentação e Agricultura (GFFA), que será realizado durante a Semana Verde Internacional, entre os dias 18 e 20 de janeiro de 2018.
Os números da NASA, e também os da Embrapa, serão utilizados pelo Ministro da Agricultura para rebater a crítica recorrente da comunidade internacional e de muitos ambientalistas que afirmam que os “agricultores brasileiros são desmatadores”.
O estudo da NASA demonstra em termos comparativos que, enquanto o Brasil preserva a vegetação nativa em mais de 66% de seu território e planta em 7,6%, a Dinamarca cultiva 76,8% de sua área – dez vezes mais – a Irlanda, 74,7%; os Países Baixos, 66,2%; o Reino Unido 63,9%; e a Alemanha 56,9%.
Em 2016, a Embrapa Territorial já havia calculado a ocupação com a produção agrícola em 7,8% (65.913.738 hectares). Os números da NASA datam de novembro de 2017, indicando percentual menor, mas segundo o chefe geral da Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda, doutor em Ecologia, é normal a pequena diferença de 0,2% entre os dados brasileiros e norte-americanos.
Evaristo de Miranda explica que o trabalho conjunto da NASA e do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) fez amplo levantamento com o mapeamento, e o cálculo das áreas cultivadas do planeta, baseados em monitoramento por satélites.
Durante duas décadas, a Terra foi vasculhada, detalhadamente, em imagens de alta definição por pesquisadores do Global Food Security Analysis, que comprovaram os dados antecipados pela Embrapa.
As áreas cultivadas variam de 0,01 hectare por habitante – em países como Arábia Saudita, Peru, Japão, Coréia do Sul e Mauritânia – até mais de 3 hectares por habitante no Canadá, Península Ibérica, Rússia e Austrália. O Brasil tem uma pequena área cultivada de 0,3 hectare por habitante, e situa-se na faixa entre 0,26 a 0,50 hectare por habitante, que é o caso da África do Sul, Finlândia, Mongólia, Irã, Suécia, Chile, Laos, Níger, Chade e México.
O levantamento da NASA também dispõe de subsídios sobre a segurança alimentar no planeta, com a medição da extensão dos cultivos, áreas irrigadas e de sequeiro, intensificação no uso das terras com duas, três safras e até áreas de cultivo contínuo. Não entram nesses cálculos áreas de plantio florestal e de reflorestamento, que são as terras dedicadas ao plantio de eucaliptos. No Brasil contaram-se apenas as lavouras.
De acordo com o estudo, a área do planeta ocupada por lavouras é de 1,87 bilhão de hectares. A população mundial atingiu 7,6 bilhões em outubro passado, resultando que cada hectare, em média, alimentaria 4 pessoas. Na realidade, a produtividade por hectare varia muito, assim como o tipo e a qualidade dos cultivos.
Os europeus desmataram e exploraram intensamente o seu território. A Europa, sem a Rússia, detinha mais de 7% das florestas originais do planeta. Hoje tem apenas 0,1%. A soma da área cultivada da França (31.795.512 hectares) com a da Espanha (31.786.945 hectares) equivale à cultivada no Brasil (63.994.709 hectares)”, explica o especialista da Embrapa.
A maior parte dos países utiliza entre 20% e 30% do território com agricultura. Os países da União Europeia usam entre 45% e 65%. Os Estados Unidos, 18,3%; a China, 17,7%; e a Índia, 60,5%.
Os agricultores brasileiros cultivam apenas 7,6%, com muita tecnologia e profissionalismo”, assegura Evaristo de Miranda.
As maiores áreas cultivadas estão na Índia (179,8 milhões de hectares), nos Estados Unidos (167,8 milhões de hectares), na China (165,2 milhões de hectares) e na Rússia (155,8 milhões de hectares). Somente esses quatro países totalizam 36% da área cultivada do planeta. O Brasil ocupa o 5º. lugar, seguido pelo Canadá, Argentina, Indonésia, Austrália e México.
[…] cientistas sonham em capitalizar esse silêncio único no rádio há décadas, e a NASA agora trouxe essa visão um passo mais perto da realidade, financiando uma proposta para construir […]
[…] Brasil, ele já foi um dos inseticidas mais utilizados e a sua aplicação nas lavouras não só é permitida, como vem aumentando nos últimos anos. Em 2009, foram vendidas 3 mil […]